Manuel Luamba (Luanda)
Especialista angolano em relações internacionais aconselha o Estado angolano a não o fazer. Tussamba fala em "desconfiança", afinal a FRELIMO e o MPLA são "irmãos "
Ativistas, partidos da oposição e críticos da governação angolana tem manifestado apoio ao candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, Venâncio Mondlane. Em Angola, já foram realizadas vigílias e uma manifestação em frente à Embaixada de Moçambique para exigir "verdade eleitoral".
O ativista Eduardo Lubienga é dos cidadãos que defendem solidariedade para com o povo moçambicano.
"Todos os angolanos devemos levantar a nossa voz, marcharmos forte para o desenvolvimento de todos os povos africanos. Como os nossos nacionalistas passados já haviam mencionado que "fora de Angola está a continuidade da nossa luta", defende.
E Lubienga acrescenta: "Vejo que em Moçambique está o princípio da nossa luta."
O Estado angolano tem-se destacado pela tentativa de resolução de conflitos em alguns países africanos, como é o caso da situação na República Democrática do Congo (RDC).
Desconfiança minaria diálogo
Será que Angola pode também mediar o diálogo entre Venâncio Mondlane e Daniel Chapo, da FRELIMO, em Moçambique?
"Colocar Angola como mediador do conflito em Moçambique, penso que, não passa sequer pela mente do Executivo angolano", respondeu à DW Nkinkinamo Tussamba, especialista em relações internacionais.
Mas o académico sublinha: "Angola é, de facto, um país a ter em conta quando se fala da mediação de conflitos porque nós temos uma experiência particular e nós temos sabido influenciar outros países nesse sentido." Leia mais...