Corte de Financiamento de Medicamentos Essenciais pelo Governo dos EUA Pode Afetar Combate ao HIV em Moçambique.
Em uma decisão que pode impactar negativamente a luta contra o HIV em países vulneráveis, o presidente americano Donald Trump anunciou o corte de fundos destinados a medicamentos essenciais. Moçambique, que já enfrenta altos índices de infecção, vê essa medida como um obstáculo potencial à saúde de milhões de seus cidadãos.
Atualmente, cerca de 2,4 milhões de moçambicanos vivem com o HIV. A adesão consistente ao tratamento anti retroviral é crucial para garantir que essas pessoas possam ter uma vida saudável.
Em 2022, o país registrou aproximadamente 97 mil novas infecções e 48 mil mortes atribuídas à doença, além de 10% das transmissões de HIV ocorrendo de mãe para filho. Com o objetivo de controlar as infecções até 2030, a expectativa é que medidas mais rigorosas sejam necessárias para enfrentar os desafios impostos pelo corte de financiamento.
De acordo com um inquérito de 2021, a taxa de prevalência do HIV em Moçambique entre pessoas com 15 anos ou mais é de 12,5%, uma pequena redução em relação a 2015, quando a taxa era de 13,2%. No entanto, a recente decisão do governo americano pode dificultar ainda mais os esforços para melhorar esses números.
A comunidade de saúde pública, além de ativistas e organizações não governamentais, expressa preocupação sobre o impacto que essa decisão terá na distribuição de medicamentos essenciais e no tratamento de doentes em países como Moçambique.
A redução de financiamento pode exigir que estes países inovem e busquem alternativas para mitigar o impacto na saúde e bem-estar da população.
Com a implementação dessa política, especialistas alertam que Moçambique e outras nações da região deverão intensificar seus esforços para evitar uma nova onda de infecções e garantir a continuidade do tratamento a milhões de pessoas afetadas pelo HIV. Leia mais....