Organizações da sociedade civil moçambicanas submeteram uma petição exigindo que a União Africana não reconheça Daniel Chapo como Presidente, denunciando "fraude eleitoral" e "violação de direitos humanos.
Submetida petição para UA travar reconhecimento de Chapo
Organizações da sociedade civil moçambicanas submeteram uma petição exigindo que a União Africana não reconheça Daniel Chapo como Presidente, denunciando "fraude eleitoral" e "violação de direitos humanos".
Daniel Chapo
Num ambiente tenso e sob forte segurança, a tomada de posse de Daniel Chapo como Presidente vai ocorrer na Praça da Independência, em MaputoFoto: Siphiwe Sibeko/REUTERS
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Organizações da sociedade civil moçambicanas que observaram as eleições, representadas pela União de Advogados Pan-Africanos, submeteram uma petição exigindo que a União Africana não reconheça Daniel Chapo como Presidente.
O documento foi entregue esta terça-feira (14.01) à Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, em Banjul, na Gâmbia, disse Donald Deya, diretor executivo da União de Advogados Pan-Africanos, em conferência de imprensa virtual.
Na petição, o grupo de ativistas e organizações que acompanharam as eleições gerais em Moçambique arrola diversos elementos que revelam irregularidades nas eleições de 09 de outubro, exigindo que a União Africana (UA) não reconheça Chapo, proclamado pelo Conselho Constitucional (CC) como vencedor do escrutínio, como Presidente.
“Representamos uma rede ampla de ativistas e organizações da sociedade civil, que observaram todo o processo eleitoral, desde o registo de eleitores até ao processo de votação. Portanto, eles recolheram evidências de violação da lei e dos direitos humanos neste processo”, frisou Donald Deya.
A sociedade civil moçambicana exige ainda que o caso seja encaminhado para o Tribunal Africano, bem como que a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos informe os Governos africanos e os órgãos da UA. Leia mais...