Livro Escolar em Moçambique Cita Azagaia como Traficante e Gera Indignação.

Uma recente publicação de um livro didático do ensino primário em Moçambique gerou ampla polêmica ao associar o rapper Azagaia, que faleceu em 2023, ao tráfico de drogas. A obra, lançada como parte da reforma curricular sob o governo do Presidente Daniel Chapo, fez menção a um episódio em que o artista foi detido por posse de substâncias ilícitas, acendendo a revolta entre educadores, pais e admiradores do rapper.

A referência ao caso remete a um incidente ocorrido em 2007, quando Azagaia foi apreendido, mas nunca teve uma condenação formal. O rapper, conhecido por suas letras de crítica social e política, sempre negou qualquer envolvimento com atividades criminosas, especialmente o tráfico de drogas. A inclusão dessa informação controversa no material didático levanta sérias questões sobre a revisão dos conteúdos escolares e os critérios utilizados na seleção do que é ensinado às crianças.

A repercussão negativa da citação fez com que a sociedade civil exigisse uma posição do Ministério da Educação, que se viu sob pressão para explicar o critério adotado na escolha das informações inseridas no livro. Educadores e pais destacam a importância de um currículo educacional que respeite a memória e a imagem de figuras públicas, especialmente aquelas que contribuíram de maneira significativa para a cultura nacional.

A situação não apenas provoca indignação entre os fãs de Azagaia, mas também suscita um debate mais amplo sobre a forma como a história e as figuras da música moçambicana são retratadas nos materiais educativos. A expectativa agora recai sobre o Ministério da Educação, que deverá esclarecer as circunstâncias em que essa infeliz citação foi inclusa no livro. Leia mais...