Sem Mondlane teremos um PODEMOS à deriva e a fazer pouco

Sem Mondlane teremos um PODEMOS à deriva e a fazer pouco.

Assessor de Venâncio Mondlane rompe com PODEMOS, acusando o partido de "vender a luta do povo". Analista diz que o partido aproveitou-se da popularidade de Mondlane para chegar ao poder.

O assessor de Venâncio Mondlane anunciou o fim da relação com o PODEMOS, partido que suportou a candidatura do ex-candidato presidencial nas últimas eleições gerais.

Dinis Tivane, através de um comunicado intitulado "Nem tudo na vida é dinheiro e posições", acusa o partido liderado por Albino Forquilha "de traição" e de "agir contra a vontade do povo" ao aceitar tomar posse na Assembleia da República.

"Urge clarificar que a nossa luta política é, fundamentalmente, pela salvação de Moçambique, não estando em causa o alcance obsessivo de bens materiais ou qualquer vantagem financeira com base no martírio do povo", lê-se no documento.

Em entrevista à DW, o analista moçambicano José Malaire, sublinha que "sem Mondlane ninguém ouviria falar do PODEMOS". Com a rotura, o partido "perde a legitimidade popular", acrescenta.

Que impacto terá esta rotura entre o PODEMOS e Venâncio Mondlane?

José Malaire (JM): Daqui para frente, numa primeira fase, vamos assistir a mais 'teatro'. Venâncio Mondlane vai ficar mais isolado, o PODEMOS vai querer explorar o seu poder enquanto segunda maior bancada da Assembleia da República e, obviamente, quem tem mais a perder somos todos nós, os moçambicanos. 

O PODEMOS, muito provavelmente, não vai representar o povo moçambicano, porque o povo moçambicano chega ao partido por via de Mondlane. Assim, o PODEMOS perde a legitimidade popular porque esta popularidade ou legitimidade popular está sempre atrelada a Venâncio Mondlane. Ou seja, teremos um PODEMOS à deriva, muito provavelmente a fazer pouco e a degenerar-se dentro da Assembleia da República. Leia mais...

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